Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Casa de 1870 é restaurada em Santa Cruz do Sul

Publicação:

O secretário da Cultura, Roque Jacoby estará, nesta quinta-feira (19), ao meio-dia, em Santa Cruz do Sul, onde almoça com autoridades e diretores da Universal Leaf Tabacos, responsável pela restauração da Casa Textor. Na ocasião, entregará placa em homenagem aos seus beneméritos. O prédio, construído em 1870, é o mais antigo imóvel da Capital do Fumo, remontando aos tempos em que chegaram os primeiros imigrantes à região. A empresa adquiriu o terreno de 1500 metros quadrados. Há dois anos e meio, restaura o prédio e deverá transformá-lo num museu particular cujo acesso público só será possível, a partir de amanhã, por visitas agendadas. Nele estão preservados móveis de 1870 e 1920. A restauração obedeceu a normas ditadas pela Carta de Veneza da Unesco e foi coordenada pela arquiteta Vera Lúcia Schulze, a mesma que promoveu a restauração da antiga Escola Militar, hoje Centro Regional de Cultura Rio Pardo, com pesquisa histórica executada pelas faculdades de História e Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Santa Cruz do Sul. Tombada pelo Patrimônio Histórico do município, o imóvel vai mostrar móveis e peças da época da sua construção que se confunde com o período em que os primeiros imigrantes ali aportaram. Para completar o acesso aos dados históricos, um fôlder e um audiovisual ajudam para contar sua história que será ampliada com a edição em 2006 de um livro, cuja pesquisa histórica está sendo feita. A casa foi construída por Adolf Textor, um imigrante nascido em 1897 na Silésia, na Alemanha Oriental, hoje Polônia. Todos os detalhes históricos foram rigorosamente respeitados, com a recuperação, feita em Rio Pardo e em outras cidades da região do Vale do Rio Pardo, de objetos e peças, como janelas, portas e adornos colocados no exterior da moradia. Algumas facilidades da vida contemporânea não foram anuladas no imóvel, como o sistema de ar condicionado, a pretexto de manter a fidelidade histórica. Uma central desses aparelhos foi instalada a alguns metros da casa e os dutos subterrâneos garantem a temperatura ambiente sem que os visitantes vejam qualquer alteração, nesse sentido, na sua arquitetura. O forro esconde a tecnologia sem que ninguém o perceba. O quarto de casal, a sala principal e mais uma peça apresentam iluminação a lampião, já que há 136 anos não havia energia elétrica.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul