Caixas plásticas da Ceasa garantem mais qualidade aos alimentos e reduzem perdas
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Garantir alimentos saudáveis aos gaúchos e reduzir os atuais índices de desperdício. Focada nisso, a Central de Abastecimento do Estado do Rio Grande do Sul (Ceasa) está adotando uma nova medida: o acondicionamento e o transporte de hortifrutigranjeiros em caixas plásticas higienizáveis ou descartáveis, eliminando as embalagens de madeira, que vinham sendo adotadas nas últimas décadas e acarretavam consideráveis prejuízos na produção. O governo do Rio Grande do Sul está fazendo valer esta lei normativa, que dispõe sobre o acondicionamento e transporte dos alimentos, dando condições para que os produtores possam se adequar à nova medida, explica a diretora administrativa da Ceasa/RS, Lorena Arrué.
De acordo com a diretora da Ceasa, são comercializadas 500 mil toneladas de hortigranjeiros por ano, e a meta é reduzir perdas e garantir a qualidade dos alimentos. Hoje, são 400 atacadistas que já utilizam as caixas e 2 mil produtores, provenientes de 195 municípios gaúchos, que ainda não dispõem das novas embalagens. A Central de Abastecimento fornecerá, por meio de consignação, caixas plásticas por um prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, aos produtores, sem nenhum custo. Este é o prazo que eles têm para se adaptar à nova lei, buscando financiamento através de linhas de crédito especiais oferecidas pelo Banrisul, pela Caixa Federal e pelo Banco do Brasil, informa Lorena.
Desde o início da semana, está proibida a entrada de caixas de madeira vazias na Ceasa. As embalagens de madeira e papelão terão uso único, sem a possibilidade de reaproveitamento. A ação faz parte do programa Central de Caixas, do governo do Estado, que cumpre instrução normativa da Sarc/Anvisa/Inmetro.
A medida evita a contaminação dos alimentos, ao mesmo tempo em que diminui perdas devido ao manuseio e transporte inadequados. Estima-se que R$ 12 milhões/ano deixarão de ser gastos com reposição de caixas de madeira, o que deverá refletir na diminuição dos preços das frutas e hortaliças ao mercado consumidor.
Para o carregador da Ceasa Luís André Silveira da Costa, o uso da caixa plástica já está aprovado. Acho a caixa plástica mais higiênica, mais fácil de carregar, além de não quebrar e não machucar a fruta como a caixa de madeira, enumera. O produtor Bruno Kroisburguer acredita que a medida representa economia. A médio e longo prazos, o uso da caixa plástica se tornará mais barato, porque a caixa de madeira tem menor durabilidade e tem de ser reposta com mais frequência.
O projeto, que está sendo implantado por etapas, determina a higienização de todas as caixas retornáveis. Caixas sem higienização também são potenciais veículos de contaminação de pessoas e lavouras. Toda a água utilizada para a higienização será obtida a partir da captação das chuvas. Outra medida do projeto tem função social. Serão criados 100 empregos diretos para os recicladores de caixas de madeira.