Caixas plásticas da Ceasa de Porto Alegre garantem qualidade aos alimentos
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Na Central de Abastecimento de Porto Alegre (Ceasa), as caixas que armazenam os produtos seguem agora um rigoroso padrão de qualidade. Hoje a Ceasa trabalha com 50% das caixas plásticas, mais higiênicas do que as de madeira. O gerente de logística técnica da Central de Abastecimento, Claiton Colvelo, diz que o ganho está principalmente na qualidade do armazenamento das frutas e na redução de custos com o transporte. A caixa de madeira pesa 2,20kg e a de plástico, 1,80kg. Isto representa uma economia no frete, sem contar a redução dos danos que ocorrem com as frutas, afirma o gerente.
A troca beneficia os produtores porque diminui perdas no transporte e reduz o custo operacional, levando maior qualidade e menor preço ao consumidor. Mas como toda mudança, esta também exige adaptação. Aqui é quase uma mudança cultural. Desde 1971 o transporte dos produtos se mantinha da mesma maneira, destaca o diretor presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado. A medida faz parte do programa Ceasa no Capricho lançada pela governadora Yeda Crusius em março de 2009.
Pelo lado econômico, o preço de uma caixa plástica pode parecer maior à primeira vista, mas acaba sendo compensado mais tarde. O valor da caixa de madeira é R$ 1,50 e de plástico R$ 12,00. Oito caixas de madeira somam o valor para adquirir uma de plástico. A diferença é que a embalagem plástica pode ser utilizada por até dez anos e a de madeira pode ser usada apenas uma ou duas vezes, ressalta Machado.
O produtor Vitor Paulo Neves Johnsson, que trabalha há 37 anos na Ceasa, usava caixas de madeira para transportar frutas e tomates. Ele aprovou as de plástico. A de madeira tem farpas que machucam a mão, conta Johnsson, que usava as caixas antigas porque eram mais baratas, mas reconhece: A qualidade não era muito boa. A caixa de madeira segurava insetos, quebrava com facilidade e a de plástico não.
O diretor-presidente da Ceasa espera que o novo sistema reduza drasticamente as perdas de alimentos durante o transporte. Além disso, o uso das caixas plásticas é questão de segurança alimentar, disse. O Governo do Estado financia a troca das caixas de madeira pelas de plástico para os pequenos produtores rurais e, em breve, 100% das caixas utilizadas pelos produtores serão de plástico. Atualmente, são comercializadas 500 mil toneladas de hortigranjeiros por ano, e a meta é reduzir perdas e garantir a qualidade dos alimentos.
Texto de Guga Stefanello