A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) ficou em 15,1% da População Economicamente Ativa (PEA) no mês de novembro. O índice registrou queda em relação ao mês de outubro (15,3%), conforme a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta terça-feira (8), na sede da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), da Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social. A pesquisa é realizada em conjunto entre a FGTAS, a Fundação de Economia e Estatística (FEE) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O contingente de desempregados na RMPA em novembro ficou em 252 mil pessoas. Conforme a socióloga Irene Galeazzi, da FGTAS, a queda está associada à saída de 9 mil pessoas que fazem parte da População em Idade Ativa (PIA) do mercado de trabalho e não ao crescimento do nível ocupacional. Em novembro, a taxa PIA teve um decréscimo de 0,4 pontos, passando de 58% para 57,6%. Já o nível ocupacional teve uma redução de 4 mil trabalhadores. Irene destaca que o comércio contrariou a previsão de final de ano ao eliminar 11 mil postos de trabalho. Nos últimos três meses do ano a expectativa era de que haveria uma reação no mercado de trabalho e aconteceu o inverso, explica. Já a indústria reduziu três mil postos de trabalho e outros (construção civil e serviços domésticos) eliminou mil vagas. Já o setor de serviços, que estava em queda desde junho, voltou a crescer, gerando 11 mil novas vagas. O rendimento médio real dos ocupados apresentou um leve aumento de 0,2% em novembro, ficando em R$ 704,00. O salário médio também registrou um pequeno crescimento de 0.8%, correspondendo a R$ 716,00. O tempo médio despendido na procura de trabalho ficou estabilizado em 44 semanas. Em comparação com outras regiões metropolitanas, onde a pesquisa também é realizada, Porto Alegre apresentou a menor taxa de desemprego no mês de outubro, quando foi registrado 15,3% da PEA. Já São Paulo, no mesmo período, ficou em 18,3%, Recife 21,1%, Salvador 27,8%, Belo Horizonte 19% e Distrito Federal 19,6%. Conforme o diretor-técnico da FGTAS, Alex Borba, mais de 25.600 trabalhadores conseguiram emprego com carteira assinada por intermédio do Sistema Público de Emprego na RMPA em 2001. Foi o melhor resultado da história do sistema, que recebeu R$ 21 milhões em investimentos desde 1999, afirmou Borba.