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BRDE apresenta programa de crédito de apoio a empresas exportadoras em evento da Federasul

Diferentes setores da economia gaúcha defendem equilíbrio nas negociações com governo norte-americano

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Federasul Geral
Diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, disse que mais de 30 empresas já se candidataram ao financiamento - Foto: Sérgio Gonzales/Divulgação Federasul

O diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior, apresentou, durante participação no Tá na Mesa desta quarta-feira (6/8), a linha de financiamento que o banco disponibilizou aos exportadores do Estado impactados pela medida do governo dos EUA. No primeiro dia que a sobretaxa dos Estados Unidos sobre as exportações de produtos brasileiros passou a vigorar, importantes setores da economia do Rio Grande do Sul defenderam maior equilíbrio e diplomacia nas negociações entre os dois países, em evento semanal da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul).

“É um momento de muitas incertezas e que não vamos superar com discussões meramente políticas. Precisamos de serenidade, diálogo e diplomacia”, destacou Ranolfo. Ele observou que o volume de R$ 100 milhões em crédito não será capaz de superar todos os efeitos da sobretaxa. “O governo do Estado e o BRDE agiram rápido com uma medida prática, mas que é paliativa. Precisamos aguardar as medidas que a União está por lançar, em especial com novas linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para podermos operar em conjunto”, ponderou o presidente.

Durante sua participação, Ranolfo disse que mais de 30 empresas já se candidataram ao financiamento para capital de giro dos exportadores. “Até o momento, são empresas dos setores de bebidas e alimentação, metalmecânico, calçadista, madeira e moveleiro. Agora estamos numa fase de análise, mas queremos agir com celeridade”, assegurou ele.

Participantes do Tá na Mesa

Entre os demais participantes do Tá na Mesa, houve diferentes percepções dos impactos em cada setor, mas todos os painelistas convergiram para a necessidade de afastar as posições políticas mais extremadas da mesa de negociação. O ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, destacou que acredita que haverá uma reversão do quadro por conta da pressão de importadores e consumidores dos EUA.

O evento também contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Participaram, ainda, o presidente do Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing; a coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Link; e o diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Marcelo Rodrigues. Os debates foram coordenados pelo presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa.

 O programa

Em operação desde segunda-feira (4/8), a linha de crédito do BRDE para as empresas exportadoras do Rio Grande do Sul terá R$ 100 milhões para os diferentes setores afetados pelas novas tarifas de exportação aos EUA.  Os juros serão equalizados com recursos do governo do Estado junto ao Fundo Impulsiona Sul, instituído pelo próprio banco. Com isso, a linha de crédito para capital de giro aos exportadores terá um custo final entre 8% e 9% ao ano. O prazo do financiamento será de 60 meses, com até 12 meses de carência incluída.

Texto: Ascom BRDE
Edição: Secom

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