Aod adverte para colapso nos serviços públicos caso Plano seja rejeitado
Publicação:

Numa avaliação das negociações realizadas nesta quarta-feira (14), no Palácio Piratini, com parlamentares da base aliada, o secretário da Fazenda, Aod Cunha, definiu o resultado como de grande avanço. Para facilitar a aprovação do Plano de Recuperação, o governo decidiu retirar a proposta de aumento das alíquotas do GNV e diesel, e compensar as perdas com a majoração do ICMS de bebidas alcoólicas e do cigarro. Entretanto, Aod Cunha previu sérias conseqüências à economia, à renda e aos empregos no Rio Grande do Sul, se o projeto do Plano de Recuperação não for aprovado na Assembléia Legislativa. O secretário enfileirou quatro conseqüências principais na eventualidade de reprovação do Plano pelo Legislativo. O Rio Grande do Sul vai entrar um novo ano pela segunda vez com investimento zero; vamos ter agravamento das condições para o pagamento da folha dos servidores a partir de janeiro de 2008; vamos ter que aumentar os cortes dos créditos de exportação; e seremos obrigados a cortar também incentivos e os créditos presumidos, afirmou Aod ilustrou o caso da concessão dos R$ 60 milhões de crédito presumido a áreas da economia. Esse valor corresponde à parte dos créditos que dependem de autorização legislativa. Mas temos um saldo de mais de R$ 500 milhões de créditos presumidos para todos os setores da economia, que são por decreto do governo. Cortes O secretário reiterou que se não for aprovado o Plano, não vamos ter outra saída. Serão cortados, em seguida, os créditos para a exportação, os créditos presumidos, tudo. No entender de Aod Cunha, o corte geral dos créditos será muito mais traumático para a economia do Estado e para a geração de emprego e renda. Ele ainda explicou não estar tratando de exagero na pressão ou algum tipo de chantagem da parte do Executivo. Isto não é um plano B. Isto será uma conseqüência ruim para a economia do Estado, mas inevitável, reforçou. Haverá dificuldades para o Estado na obtenção de financiamentos e sustentação de investimentos necessários em educação, saúde e segurança. Depois de responder em entrevista na Casa Civil às perguntas dos jornalistas sobre o cenário para o RS, sem o Plano, o secretário destacou a importância das negociações, que avançaram na incorporação de reivindicações da base aliada. Recolhemos as principais reclamações de todos os partidos, deputados. Elas eram GNV, óleo diesel, avançar no Simples e no crédito presumido”, resumiu.