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A reconstrução nos une

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Por Eduardo Leite

Há 30 dias, o Rio Grande Sul foi atingido pelo maior desastre natural da nossa história. Estive em cada um dos municípios mais afetados. Não apenas sobrevoei, o que também é importante nestas circunstâncias para compreender a dimensão do fenômeno climático, mas caminhei pelas ruas e pude sentir pessoalmente os efeitos da destruição, ouvir a desolação de quem perdeu tudo e levar um pouco de consolo aos afetados para que não se deixassem paralisar pela desesperança.

Empatia deve ser a base da ação pública consciente e consequente. Nosso governo decidiu que não bastaria se posicionar ao lado dos atingidos, mas que seria preciso nos colocarmos no lugar das vítimas para agir com a velocidade e a presteza desejadas. Nos últimos anos, a tarefa de governar tem nos testado e ensinado muito, e este episódio acrescentou mais uma convicção: principalmente em calamidades, a população não pode ser vitimada duas vezes, a primeira pela natureza, a segunda pela demora do poder público.

Foi com este espírito que implementamos um expressivo conjunto de ações. Desde o primeiro momento, cancelamos agendas, reorganizamos rotinas, transferimos gabinetes e equipes para o Vale do Taquari, adaptamos políticas existentes, como o Volta por Cima, e criamos novas iniciativas justamente para dar a resposta concreta pretendida. Asseguro: estamos fazendo absolutamente tudo o que está ao nosso alcance, contornando limites e nos desafiando permanentemente a não deixar a burocracia travar a agilidade da resposta.

As tragédias nos comovem e nos ensinam. Aprendemos com as chuvas de setembro que precisamos melhorar a nossa capacidade de alertar a população sobre eventos climáticos severos. Também precisamos tornar as cidades e a infraestrutura mais resilientes, porque o nosso Estado certamente irá conviver com mais adversidades deste tipo. Temos o compromisso geracional de intensificar a educação ambiental e de promover uma transição energética consciente.                

Em meio a tanta tristeza, afloraram o espírito de solidariedade e o sentimento de colaboração, que entrelaçaram milhares de pessoas e governos em torno da tarefa de reconstrução. O Rio Grande do Sul foi acolhido e demonstrou capacidade de mobilização. Eu disse nas ruas enlameadas naqueles dias depois da enxurrada, abraçando as pessoas e olhando nos olhos delas, que podiam confiar porque iríamos reconstruir aquelas cidades. E assim será. A reconstrução nos desafia e mobiliza, mas principalmente nos une, e vamos persistir até que a vida de todos tenha voltado à normalidade.

Governador do Estado do Rio Grande do Sul

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