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A hora e a vez dos inquietos

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Por Claudio Gastal

"O hábito é a usina da mediocridade" diz o ditado. Claro que manter bons hábitos é importante. Todos nós temos nossas rotinas. Contudo, é a inquietação que gera as ações de inovação. São os inquietos que mudam o mundo, o status quo. Depois de 15 anos como integrante do Movimento Brasil Competitivo (MBC), onde percorri o país como presidente-executivo, topei o desafio, a convite do governador Eduardo Leite, de ser secretário de Planejamento, Governança e Gestão do Rio Grande do Sul.

Nosso propósito no governo é promover uma evolução sem ruptura, que supere o discurso da crise e recupere a esperança e a autoestima dos gaúchos. Queremos levar o RS para um novo patamar de competitividade, tirando o Estado da era analógica rumo à era digital, para retomar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento social.

Mas como inovar no setor público, no qual se diz que a burocracia dos meios atravanca o progresso? Como buscar a competitividade em um Estado em calamidade fiscal? Há 40 anos se gasta mais que se arrecada. Olhando assim, o cenário não parece nada convidativo aos inquietos. Entretanto, vejo de forma diferente. Há muito a se fazer e muitas oportunidades para serem exploradas no RS.

Sabemos que projetos relevantes foram iniciados em outras gestões e merecem continuidade. Tudo isso demonstra que o RS é um ambiente propício para quem não quer manter relacionamento estável com o problema. Sabe aquela coisa do "sempre foi assim"? Pois bem, o momento é de "a partir de agora, vai ser diferente". E está sendo.

Realizamos a maior Reforma Administrativa da história, reconhecida nacionalmente com o Prêmio Excelência em Competitividade, cujo impacto é estimado em R$ 18,7 bilhões ao longo dos próximos 10 anos.

Estamos implementando ações significativas de desburocratização com o projeto DescomplicaRS, por meio do qual eliminamos mais de 19 mil normas ultrapassadas, facilitamos o atendimento ao público com apresentação de menos documentos, tornamos o PPCI dos bombeiros 100% on-line e integramos mais de 95% das micro e pequenas empresas no Rede Simples, em parceria com o Sebrae. Uma ação que é referência para outros programas nessa área, como os desenvolvidos por Goiás e Mato Grosso do Sul.

Outro ponto onde inovamos foi na promoção de serviços públicos digitais. Criamos a plataforma rs.gov.br, que já oferece mais de 230 serviços digitais. Isso significa que o cidadão resolve sua vida pelo celular ou computador, sem a necessidade de deslocamentos.

Para médio prazo, temos no horizonte a Reforma Tributária, as privatizações das empresas de energia (CEEE, CRM e Sulgás) e as parcerias público-privadas (PPPs), que irão viabilizar mais de mil quilômetros de estradas concedidas. Essas iniciativas demonstram a visão do nosso governo, que desde o primeiro dia esteve aberto à inovação também na forma de fazer gestão, mostrando que a articulação entre o público e o privado é possível e pode trazer inúmeros benefícios.

Secretário de Planejamento, Governança e Gestão

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