A fragilidade da Vida
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"A VIDA pode ser bela, boa, incômoda, desesperadora, pesada, difícil, aparentemente sem saída, ou plena de portas que, sendo abertas, vão mostrar caminhos". Esses versos de Lya Luft para o livro Gente Vida, da Fundação Thiago Gonzaga, não me saem da cabeça. Embora estejamos todos apreensivos com a pandemia, não quero aqui falar sobre o vírus, mas sim, sobre a "vacina" que começa a brotar da sociedade.
Parece que a terra, que já acendeu há tempos a luz amarela, resolveu passar para o alerta máximo: luz vermelha para a fragilidade da vida. Em 60 dias, a Covid-19 se espalhou pelo mundo, infectando milhares de pessoas, deixando todos vulneráveis e mostrando a dimensão coletiva e sem fronteiras em que vivemos.
Enquanto pesquisadores buscam uma vacina, a sociedade vem, aos poucos, (re)encontrando uma alternativa: a prevenção. Muitas vezes tratamos o problema somente depois que ele já se instalou e esquecemos que é na prevenção que está a saída para tantas situações.
Para combater esta pandemia, precisamos de união, solidariedade e empatia. Olhar para nossa família, mas também para àqueles que sequer conhecemos. Nossa resposta coletiva é que será capaz de impedir o crescimento desta pandemia.
Se diminuirmos a circulação pelas ruas e ficarmos atentos aos hábitos de higiene, vamos colaborar para que o vírus não se propague, permitindo que os hospitais estejam preparados para receber quem realmente precisa. A reflexão - e ação - que se faz necessária é sobre a nossa organização social, sobre o real significado de empatia e solidariedade.
Apesar de ser um momento difícil, achar o lado bom é fundamental. Acompanhando os diferentes movimentos para enfrentarmos o coronavírus, renovo minhas esperanças no ser humano e na nossa capacidade de cuidarmos uns dos outros. Um caminho que depois desta crise precisa continuar...
A pandemia está sendo uma oportunidade para aprendermos que estamos muito mais conectados uns aos outros do que imaginamos. O momento pede cautela e cuidado para que possamos, juntos, superar o coronavírus e outras tantas "doenças", tendo a VIDA como grande prioridade.
Diretora institucional do Detran-RS