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Trigo tem plantio finalizado na maior parte das regiões do Rio Grande do Sul

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Foto trigo em desenvolvimento na região de Santa Rosa José Schafer
Lavoura de trigo em desenvolvimento na região de Santa Rosa - Foto: José Schafer / Divulgação Emater

O plantio do trigo está praticamente concluído no Rio Grande do Sul, restando 2% da área prevista para esta safra no Corede Campos de Cima da Serra, cujo plantio se estende até 20 de agosto, conforme zoneamento agrícola de risco climático. Nesse Corede, responsável por 4% da área de trigo no Estado, destacam-se pela área cultivada os municípios de Muitos Capões (13 mil hectares), Vacaria (6 mil hectares), Esmeralda (2.500 hectares) e Campestre da Serra (1.500 hectares); juntos, correspondem a 76,6% da área de trigo estimada para a região.

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (18/7), a área cultivada com trigo nesta safra é de 739,4 mil hectares, sendo as maiores produtoras as regiões de Ijuí, que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, e de Santa Rosa, Coredes Fronteira Noroeste e Missões, com 30 e 27% da área de trigo no Estado. Em alguns municípios na região de Ijuí, o zoneamento para plantio do trigo se estende até 20 de julho para cultivares tardias. O clima nos últimos períodos foi favorável ao desenvolvimento da cultura, coincidindo com o estágio inicial de perfilhamento.

O plantio da canola está encerrado no RS e nesta safra atinge 32,7 mil hectares, com rendimento médio projetado em 1.258 quilos por hectare. As principais regiões da Emater/RS-Ascar produtoras do grão são Santa Rosa (34,2% da área com canola no Estado), Ijuí (22% da área), Santa Maria (16%) e Bagé (13,4%).

Na região de Santa Rosa, 18% das lavouras de canola estão em desenvolvimento vegetativo, 49% em floração e 33% em início de formação do grão. Algumas lavouras foram atingidas por geadas, provocando o abortamento das flores, o que poderá acarretar redução no rendimento. Alguns produtores relataram que não realizaram adubação de cobertura devido à baixa umidade e outros informaram não terem obtido o resultado esperado em função da ausência de chuva após essa prática.

Na cevada, a área estimada no RS é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (22,4% da área no Estado), a cultura apresenta bom desenvolvimento inicial e boa densidade de plantas. A maioria das lavouras encontra-se em estágio vegetativo e uma pequena parte delas, em início da floração. De modo geral, as lavouras apresentam boa sanidade.

A área estimada para o plantio de aveia branca para grão no Estado é de 299,86 mil hectares, com produtividade prospectada de 2.006 quilos por hectare. Na região de Ijuí, responsável por 37,1% da área cultivada com aveia branca no Estado, a cultura entra para o estádio reprodutivo. Há preocupação dos produtores com as áreas em início de formação de grãos, devido a possíveis danos ocasionados pelas fortes geadas ocorridas, mas até o momento as plantas não apresentaram danos. O tempo frio e seco contribui para a redução do ataque de lagartas.

FRUTÍCOLAS/Citros

Na região serrana, o frio intenso favoreceu a sanidade e o vigor das frutas. Intensificou-se a colheita, com frutas de melhor coloração e sabor. O ataque de moscas, que vinha ocorrendo desde o início de outono e com forte intensidade, teve seu percurso interrompido. O consumo das frutas, muito atrelado às baixas temperaturas, teve grande impulso nesta semana, refletindo-se no fluxo comercial. As variedades precoces estão em final de colheita, apresentando polpa desidratada em virtude do clima seco em junho.

Pêssego
A cultura está em entressafra e o período com intensas geadas foi benéfico à dormência das plantas, proporcionando brotações e floração mais uniformes após a poda das frutíferas. Na região Sul, os produtores estão mais tranquilos com os acumulados de horas de frio. Até a segunda semana de julho, eram 200 horas de frio (menores ou iguais a 7,2°C).

Com o avanço significativo no acumulado, a expectativa é de safra superior às duas anteriores, ruins em qualidade e quantidade. A ocorrência de geadas e de frios intensos não afetou os pessegueiros até o momento. Segue intensa a elaboração de projetos técnicos e de crédito para o custeio da próxima safra junto aos principais agentes financeiros. Indústrias beneficiadoras de pêssego em calda realizam reuniões com produtores/fornecedores para capacitação sobre o preenchimento do caderno de campo, preparatório para a implantação da rastreabilidade da matéria-prima.

CRIAÇÕES

Nesta época de inverno, os rebanhos de bovinos de corte, de maneira geral, apresentam boas condições sanitárias, pois reduziu a ocorrência de carrapatos e bernes. Os animais continuam perdendo peso, principalmente os que utilizam somente as pastagens naturais. O período é de prenhez das matrizes inseminadas e/ou entouradas. O manejo está direcionado para as vacas e novilhas prenhas, que devem ficar acomodadas em campo nativo/pastagens com volume adequado de oferta de forragem, consumindo sal proteinado para evitar perda de peso.

Esse manejo alimentar tem por finalidade evitar o risco de escore corporal baixo ou de baixo peso no momento de parição, o que pode causar prejuízo para o terneiro que vai nascer, além de comprometer a repetição de cria no ano seguinte. Os touros também necessitam de volume forrageiro adequado para se manterem aptos ao período de monta. Alguns produtores já iniciaram a complementação alimentar do gado com silagem e/ou resíduos de casca de soja e farelo de soja e de arroz.

Texto: Adriane Bertoglio Rodrigues/Ascom Emater/RS-Ascar
Edição: Secom

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