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Em São Paulo, Leite participa de painel sobre indústria automobilística e exportações

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Leite adiantou que serão anunciadas, em breve, medidas de redução da burocracia em licenciamentos e códigos ambientais - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A relevância da indústria automobilística para os Estados foi tema de painel com a participação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na manhã desta quarta-feira (12/6), em São Paulo.

Também participaram do fórum Exportar para gerar riquezas e empregos, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles.

No painel, os representantes dos três Estados falaram sobre a importância do setor para as economias locais, em termos de investimento, emprego, renda, arrecadação tributária e incentivo à produção para exportação. Segundo dados do governo federal, o setor automotivo representa, no Brasil, cerca de 22% do PIB industrial e o RS é o 2º Estado em exportação na indústria de transformação (mais dados ao final da matéria).

Além disso, os líderes estaduais destacaram ações para impulsionar o setor e medidas consideradas essenciais para estimular vendas externas. “Uma das grandes tarefas para garantir mais competitividade é diminuir os custos de produção, atuando em diversas áreas, como na redução dos custos logísticos e tributário e na desburocratização”, observou Leite.

Com esse objetivo, Leite lançou o programa RS Parcerias, voltado a concessões de rodovias e hidrovias e outras parcerias com o setor privado para melhorar a infraestrutura, reduzindo os gastos logísticos das cadeias produtivas.

O governador adiantou que serão anunciadas, em breve, medidas voltadas à redução da burocracia em questões como licenciamento, legislação e revisão de códigos ambientais para acelerar processos para quem tem condições de investir.

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O governador voltou a defender a redução do custo tributário e a reforma da Previdência - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

“Por fim, é preciso reduzir o custo tributário, que se impõe pela ineficiência da máquina estatal, e, por isso, é inarredável falar das reformas necessárias”, afirmou Leite, voltando a defender a reforma da Previdência.

O governador gaúcho lembrou que apenas no RS o déficit do sistema previdenciário é de mais de R$ 12 bilhões ao ano, metade da receita líquida do ICMS: “Em torno de 50% do que o contribuinte paga de imposto não retorna em serviços, pois é drenado para cobrir o déficit (da Previdência)”.

Modernização na arrecadação

Questionado sobre a importância da simplificação tributária, o governador defendeu um sistema mais simples e adequado à nova economia, que conduza para um estímulo ao empreendedorismo, focado em produzir, não em administrar um sistema tributário complexo e inseguro.

“No Rio Grande do Sul lançamos nesta semana o Receita 2030, com 30 iniciativas para modernizar o sistema de arrecadação do Estado com foco no desenvolvimento econômico”, mencionou.

Leite explicou que a ideia é arrecadar melhor, sem impor novas obrigações tributárias. Faz parte dessas iniciativas o programa Nos Conformes RS, que vai promover uma classificação dos contribuintes de acordo com seus padrões de cumprimento das obrigações tributárias e relações de mercado, dando tratamento diferenciado ao bom contribuinte.

“Queremos prestigiar quem faz a coisa certa e tem histórico de boas práticas, dando maior agilidade aos processos e, consequentemente, fomentando o desenvolvimento de todo o Estado”, justificou o governador.

A relevância da indústria automobilística

– O setor automotivo representa, no Brasil, cerca de 22% do PIB industrial
  O setor metalmecânico representa US$ 5,8 bilhões das exportações do RS
  O RS é o 2º Estado em exportação na indústria de transformação brasileira
  É o 3º Estado exportador do Brasil em veículos (automóveis, caminhões, tratores e ônibus)
  Empresas do setor automotivo representam 23% das receitas totais
  O setor envolve 422 empresas e 37 mil empregos no RS

Texto: Renan Arais
Edição: Patrícia Specht/Secom

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