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Lançamento do Outubro Rosa 2017 reforça necessidade de prevenção e luta contra o câncer de mama

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Desfile das servidoras estaduais que venceram o câncer de mama marcou o lançamento da campanha Outubro Rosa 2017 no Palácio Piratini
Desfile das servidoras estaduais que venceram o câncer de mama marcou o lançamento da campanha Outubro Rosa 2017 no Palácio - Foto: Karine Viana/Palácio Piratini

O mês de outubro é marcado por um dos movimentos sociais, culturais e educacionais mais conhecidos internacionalmente pela conscientização e pela prevenção do câncer de mama - doença que mais mata mulheres em todo o mundo e no Brasil. No Rio Grande do Sul, o governo do Estado lançou, nesta quinta-feira (19), a campanha Outubro Rosa 2017 com o Desfile das Vitoriosas, que contou com a participação de servidoras estaduais que venceram a doença.

Os novos casos de câncer de mama correspondem a cerca de 28% dos registros de todas as neoplasias (manifestação de células anormais no corpo) a cada ano, conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Em 2016, foram registrados cerca de 58 mil novos casos no país, e, somente no Rio Grande do Sul, foram diagnosticadas 5.210 novas incidências em mulheres a cada 100 mil habitantes. O câncer de mama também pode ocorrer em homens, porém é raro (apenas 1% do total de novos casos).

O governador José Ivo Sartori destacou a mobilização como exemplo do protagonismo das mulheres. “Para onde olhamos, enxergamos motivos que nos lembram que esse mês também é momento de celebrar vitórias e histórias de vida. É esse brilho que emana das vitoriosas que nos ajuda a espalhar a conscientização e a engajar os diversos setores da sociedade. Façamos deste mês um ano inteiro!”, afirmou.


O governador Sartori afirmou que o Outubro Rosa é um momento de celebrar vitórias e histórias de vida. / Karine Viana/Palácio Piratini

Para a secretária de Políticas Sociais e de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, a importância do evento está na conscientização de homens e mulheres, já que o diagnóstico precoce permite a cura em cerca de 90% dos casos.

“Desde o ano passado, quando fizemos o Calendário das Vitoriosas, queríamos mostrar as mulheres que venceram o câncer de mama e, com isso, passar esperança para aquelas que enfrentam a doença. Quero agradecer essas mulheres que venceram, que são guerreiras, corajosas e exemplos de vida”, ressaltou.


Maria Helena Sartori lembrou que a mobilização também leva esperança para aquelas que enfrentam a doença. / Karine Viana/Palácio Piratini

O secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, lembrou que os maiores índices da doença ocorrem em países desenvolvidos, o que provoca reflexão e investigação científica a respeito do tema.

“Isso tem provocado mudanças em orientações que eram dadas há duas, três décadas. O Rio Grande do Sul tem mais registros de câncer que as regiões Norte e Nordeste do país, o que nos remete a estudos que determinam uma conduta diferente. Cabe ao gestor estadual a responsabilidade de dar as orientações corretas à população. Todas as mulheres que apresentarem os sintomas, independentemente da idade, têm que fazer os exames. Para prevenir câncer só existe uma maneira: mudar os hábitos de vida. Fazer atividade física, controlar a obesidade e a alimentação, não fumar e não abusar do álcool”, advertiu.


Gabbardo: "Para prevenir só existe uma maneira: mudar os hábitos de vida". / Karine Viana/Palácio Piratini

Outros setores da comunidade também estão envolvidos na causa. É o caso do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, que aderiu à campanha institucional TodosPorElas. No evento, soldados dos Bombeiros de Cachoeirinha alertaram para o fato de que cerca de 40% das mulheres diagnosticadas com câncer são abandonadas pelos companheiros. A campanha é para conscientizar os homens e humanizar ainda mais o movimento. O câncer de mama ocorre com maior frequência após os 35 anos, com maior risco depois dos 50. O tratamento pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Bombeiros de Cachoeirinha alertaram que cerca de 40% das mulheres diagnosticadas com câncer são abandonadas pelos companheiros. / Karine Viana/Palácio Piratini

Desfile das Servidoras Vitoriosas

As mulheres que superaram a doença nos últimos anos e integraram a campanha que gerou o Calendário das Vitoriosas, no ano passado, participaram desta edição como modelos de superação. Desfilaram Áurea Martins, Fabiane Canabarro, Kenia Fontoura, Lilian Zenker, Lizete Alberto, Mara Lampert, Maria Inês Cândido, Naira Veiga e Virgínia Bobsin Tietbogl.

A professora da rede de ensino estadual, Naira Veiga, que superou a doença há nove anos, comemora a vitória buscando conscientizar outras mulheres. “Ainda que com o melhor médico e o apoio da família, é preciso ter muita espiritualidade. O exame de toque é de extrema importância como um primeiro passo para começar o diagnóstico”, ressaltou. “Quero que as mulheres, cada vez mais, se cuidem e se valorizem acima de qualquer projeto de vida e que vá ao médico a qualquer sinal. Lute e vá até a última instância, você existe e tem que se amar”, reforçou.

O evento teve ainda apresentação musical do coral Novo Horizonte, que apresentou composição dos jovens do Centro de Convivência e Profissionalização (Ceconp), da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul (Fase RS), e do servidor Wagner Silva dos Santos, com arranjos de Jovaldri Lanza e Matheus Kleber. Os adolescentes confeccionaram lenços que foram distribuídos no evento e 500 almofadas para serem doadas a mulheres em tratamento.

Texto: Letícia Bonato/Secom
Edição: Sílvia Lago/Secom

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