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Bolsa Juventude Rural estimula a permanência de jovens no campo

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Bolsa Juventude Rural estimula a permanência de jovens no campo
Este ano, a bolsa vai beneficiar 259 alunos do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais ou escolas comunitárias - Foto: Divulgação SDR

O Programa Bolsa Juventude Rural, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), vai beneficiar, em 2017, 259 alunos do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais ou escolas comunitárias, que utilizam metodologia fundamentada na pedagogia da alternância. Nesta segunda-feira (21), o secretário da SDR, Tarcisio Minetto, esteve em Caxias do Sul para assinar 10 dos 48 contratos das bolsas de R$ 2 mil, para alunos da Escola Familiar Agrícola de Caxias do Sul (Efaserra).

"Essa bolsa é para que os jovens do 3º ano possam implantar projetos produtivos em suas propriedades, juntamente com os pais. A ideia é que possam aproveitar o conhecimento obtido na escola com a prática na propriedade", destacou Minetto.

O Bolsa Juventude Rural tem como objetivo dar oportunidade e condições de acesso e permanência no Ensino Médio e de implantação de projetos produtivos sustentáveis, estimulando a sucessão nas propriedades rurais familiares. O auxílio, de R$ 200 mensais é pago por um período de 10 meses.

Depoimentos

O estudante Victor Uez, 16 anos, foi um dos contemplados pelo programa. "Antes eu queria sair da agricultura, queria fazer algum curso como engenharia, por exemplo, mas após esse período na EFA eu mudei minha visão", contou. "Aprendi que, independentemente do setor, todo mundo precisa da agricultura, e essa ajuda da bolsa é muito bem-vinda".

A jovem Laura Bossle, 18 anos, destacou o apoio do Estado por meio da bolsa e o estímulo da escola para se manter na atividade agrícola. "A escola fez a gente olhar para nossa propriedade novamente, além disso, aqui a gente tem participação no processo pedagógico, por exemplo, as normas de convivência são escolhidas em conjunto", explicou.

Conforme o secretário executivo da Associação Gaúcha Pró Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), Adair Pozzebon, 87% dos jovens formados nas EFAs mantêm vínculo com a agricultura familiar. Por meio da pedagogia da alternância (teoria na escola e prática na propriedade, em períodos alternados), o aluno cursa o Ensino Médio ao mesmo tempo em que o curso técnico em Agropecuária. Após os três anos de curso, o jovem faz estágio de 400 horas.

No ano passado, a SDR aplicou R$ 440 mil em um projeto das EFAs que permitiu encontros, visitas de intercâmbio a propriedades, entidades ou grupos de referência em produção de base ecológica no Estado, além de um intercâmbio de âmbito nacional, levando gaúchos a conhecer e trocar experiências de produção de base ecológica nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão, Bahia e Pernambuco.

Além do secretário da SDR e do secretário executivo da Agefa, estiveram presentes na assinatura dos contratos da Efaserra o presidente da Associação Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha, Alceu Molle, e o deputado estadual Elton Weber.


Texto: Nathalie Sulzbach/Ascom SDR
Edição: Denise Camargo/Secom

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