"Saímos na frente de outros estados brasileiros no enfrentamento da crise e trabalhamos desde o primeiro dia de governo. Cortamos gastos e reduzimos despesas, mas preservamos os serviços essenciais para melhor servir às pessoas, especialmente a quem mais precisa", reafirmou o governador José Ivo Sartori, em palestra na qual apresentou o cenário dos dois primeiros anos de sua gestão, em reunião-almoço denominada Papo Amigo, promovida pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), no Salão de Eventos do Restaurante Laçador, em Porto Alegre. 

Com a presença de associados, autoridades e representantes de instituições empresariais do Rio Grande do Sul, Sartori definiu o período como o “mais agudo e diferente de qualquer outro momento histórico” e apresentou as ações de governo como uma “semente de mudança para construir um futuro de esperança para o estado”. 

“Nosso governo está trabalhando para 11 milhões de gaúchos e gaúchas, e não pela próxima eleição. Sempre digo muito claramente a todos. O mais importante é não perder o horizonte, é olhar para a frente e saber onde queremos chegar. Transformações e mudanças precisam ser feitas. Temos fé no futuro porque a nossa esperança é concreta e real, e tenho certeza que ela é transformadora”, enfatizou Sartori. 

O presidente da ADCE do Rio Grande do Sul, Antônio Damico, saudou o governador pela coragem em tomar medidas “que deveriam ter sido feitas há anos”. “Sartori busca o bem comum, um dos preceitos cristãos. Vislumbramos no teu governo que tu não ages como um político, mas como um estadista, que visa a uma sociedade gaúcha mais próspera e mais feliz”, disse. 

Um novo Estado mais próximo do cidadão 

Em meio à crise das instituições, instabilidade econômica e política e a descrença generalizada em partidos políticos, a perspectiva do Rio Grande do Sul, segundo o governador Sartori, foi de agravamento das contas públicas, com um déficit que chegou a R$ 25 bilhões em quatro anos e o esgotamento dos serviços públicos que resultaram em um estado sem capacidade para endividamento. Como gestor público, ressaltou a visão de seu governo de enfrentar a crise como pauta positiva com transparência, quebra de paradigmas e abandono de velhas práticas. 

Como resoluções foram apontados o corte de gastos, como a contenção de 27% no número de cargos em comissão nos órgãos estaduais; o Acordo de Resultados firmado com todos os integrantes do governo para se ter melhorias de gestão e a apresentação do Plano de Modernização do Estado. O governador citou ainda o total de 56% de inativos na folha do estado, um déficit de R$ 9 bilhões, alertando para a necessidade de uma reforma previdenciária. 

Entre as medidas apontadas como instrumentos para transformação social e geração de autonomia aos segmentos mais vulneráveis estão as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipaves) presentes em 2.148 escolas; o Primeira Infância Melhor (PIM), que atende cerca de 57 mil crianças em 242 municípios habilitados e os Centros da Juventude que devem atender 3,6 mil jovens em 2017. 

A possibilidade de uma parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) e o Centro de Integração Empresa - Escola (CIEE-RS) foi manifestada na reunião pelo presidente da CIEE, Marivaldo Tumelero. 

Estiveram presentes os secretários de Políticas Sociais e do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori; de Comunicação, Cleber Benvegnú; da Educação, Luís Alcoba; o deputado estadual Tiago Simon; o secretário de Serviços Urbanos de Porto Alegre, Ramiro Rosário; o presidente do BRDE, Odacir Klein; o presidente da ADCE de Porto Alegre, Rene Ferreira; empresários, associados e demais convidados.

Texto: Letícia Bonato
Edição: Léa Aragón/ Secom