A Delegacia do Meio Ambiente, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, deflagrou na manhã desta sexta-feira (24), no Vale do Sinos, a Operação Fim de Rinha, para combater rinhas de galo e crimes de crueldade contra os animais. Os policiais cumpriram 14 ordens judiciais na região.

Na ação, quatro pessoas foram presas por posse de arma de fogo e receptação. Outras sete pessoas foram conduzidas para prestarem esclarecimentos no Deic. Além de quatro armas de fogo, foram apreendidas aproximadamente 180 aves e instrumentos utilizados nas rinhas de galo, como biqueiras, esporas de plástico e metálicas, além de remédios de uso veterinário. Estes instrumentos causam lesões nas aves.

Segundo a delegada Marina Ver Goltz, após oito meses de investigações, foram identificados criadores e locais de rinhas de galo nos municípios de Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Portão. As investigações começaram a partir do furto de aves do zoológico de Sapucaia do Sul, no início de 2016. "A operação busca desarticular o esquema que envolve rinhadores e criadores de galos de rinha, que submetem os animais a uma grande crueldade, tanto na briga de galo em si, como também na sua criação, pois o animal é submetido a um enorme estresse em seu treinamento, além de grande carga de esteróides e anabolizantes", explicou.

Em um dos locais em Sapucaia do Sul, havia uma arena para treinamento e teste, para que os compradores pudessem observar e testar os galos nas rinhas antes de comprá-los. Conforme o diretor de Investigações do Deic, delegado Sander Cajal, o valor dos animais apreendidos é estimado em R$ 500 mil.

Os rinhadores e criadores de galo de rinha conduzidos responderão a Termo Circunstanciado pelo crime de maus tratos contra animais, com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.


Texto: Jorge Felipe e Fabiano Costa/Ascom Polícia Civil
Edição: Denise Camargo/Secom