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Centro Administrativo acolhe homenagens a seu patrono

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CAFF
Centro Administrativo Fernando Ferrari abriga secretarias e órgãos estaduais - Foto: Divulgação

A vida e a trajetória política do patrono do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) serão debatidas nesta terça-feira (26), a partir das 9 horas, em evento aberto ao público no auditório do térreo (Borges de Medeiros, 1501).

Participam o professor e economista Fernando Ferrari Filho e os deputados estaduais Ibsen Pinheiro, Jefferson Fernandes e Pedro Ruas. A mediação será de Emiliano Limberger, coordenador da Fundação Fernando Ferrari, que promove a homenagem em parceria com a Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh). 

Nas entradas das alas Norte e Sul do Caff, serão expostos cartazes sobre Fernando Ferrari a partir de segunda-feira (25), data da morte (em 1963) do economista e político, nascido em São Pedro do Sul, então distrito de Santa Maria, em 14 de junho de 1921. 

Um dos políticos mais importantes de seu tempo, Ferrari morreu em acidente aéreo pouco antes de completar 42 anos, quando viajava para uma conferência em Torres. Filho de Tito Lívio Ferrari, prefeito de São Pedro do Sul, estudou no colégio Marista de Santa Maria. Em Porto Alegre, cursou Economia na PUCRS, trabalhando depois de formado no Serviço de Alimentação da Previdência Social, no Rio de Janeiro. Lá,casou e se formou em Direito. Ao denunciar, em carta aos jornais, a corrupção no órgão em que trabalhava, pediu demissão e voltou ao Rio Grande do Sul. Em 1945 filiou-se ao PTB, fundando com Leonel Brizola a Ala Moça. 

Foi deputado estadual pelo partido entre 1947 e 1951, quando se notabilizou pela luta por melhorias nas condições de vida da população rural. Em 1959 elege-se deputado federal, reeleito em 1954 e 1958. Foi líder nacional do PTB e autor de cerca de 30 leis - a mais importante delas, o Estatuto do Trabalhador Rural. Por isso, o Dia Nacional dos Trabalhadores Rurais é comemorado em 25 de maio, data da sua morte. 

Ferrenho oposicionista da facção do partido liderada por João Goulart e Leonel Brizola, a quem questionava o título de herdeiros políticos de Getúlio Vargas, apoiou a candidatura de outro dissidente do partido à prefeitura de Porto Alegre, Loureiro da Silva, então filiado ao PDC.

Ao submeter, na convenção nacional do PTB, seu nome para ser o candidato do partido à vice-presidência da República nas eleições de 1960, Ferrari confrontou a cúpula do PTB, em especial Brizola e Goulart. Quando derrotado na convenção, falou em manipulação do resultado. Acabou destituído da liderança do PTB na Câmara e expulso. Fundou, ao lado de outros dissidentes petebistas, o Movimento Trabalhista Renovador (MTR). Candidato a vice-governador do Rio Grande do Sul, foi derrotado por Ildo Meneghetti. Candidatou-se ainda à vice-presidência da República na eleição de 1960, vencida por Jânio Quadros e João Goulart.

 

Texto: Laís Chaffe-Ascom/Smarh
Edição: Léa Aragón/CCom

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