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Vigilância Ambiental gaúcha investiga casos humanos de febre amarela em Goiás

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Vacina contra a febre amarela.
Vacina contra a febre amarela - Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini/ Arquivo

Técnico da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (DVAS) do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) participa de uma investigação de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) no município de Alto Paraíso no estado de Goiás  de 1º a 7 deste mês. A ação tem caráter de urgência em função da ocorrência de casos humanos confirmados de febre amarela na região, que conta com o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros,  importante destino turístico do país. 

Pela ampla experiência em atividades de vigilância de epizootias em primatas não humanos, técnicos da DVAS integram a equipe de referência nacional para vigilância e resposta a emergências de febre amarela. Nesse sentido, o  CEVS/RS mantém produtiva parceria com o Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e várias secretarias estaduais de saúde. São ações relacionadas à vigilância da febre amarela com apoio às instituições em treinamentos e consultoria especializada. 

Em 2013, os biólogos do CEVS, Marco Antônio Barreto de Almeida, Jáder da Cruz Cardoso e Edmilson dos Santos participaram como instrutores de um treinamento ministrado para autoridades e técnicos de órgãos ligados a saúde pública no Panamá. Como resultado dessa atividade, o Instituto Conmemorativo Gorgas de Estudios de la Salud convidou técnicos da DVAS para prestar consultoria visando à implantação da vigilância de febre amarela em primatas naquele país. A febre amarela é uma doença febril aguda, causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos. A doença circula em um ciclo silvestre, mantida entre primatas não humanos e transmitida por mosquitos silvestres. Pessoas não vacinadas contra a doença podem se contaminar ao serem picadas por mosquitos ao ingressar em áreas silvestres com presença de primatas e circulação do vírus.

Na história recente do Rio Grande do Sul, ocorreram duas situações graves envolvendo a doença. Em 2001/2002, a ocorrência de morte de primatas por febre amarela no noroeste e centro do estado desencadeou o início da vacinação em 52 municípios. Já nos anos de 2008/2009, o RS testemunhou a maior epizootia em primatas registrada no mundo, resultando em 21 casos humanos da doença e nove óbitos. Com isso, a área de vacinação no Estado foi ampliada para 293 municípios no final de 2009.

Texto: Ascom/SES/RS
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação

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