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Dia de campo Irga-Embrapa recebe mais de 200 participantes

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Dia de Campo Irga
Irga mostra variedades desenvolvidas ao longo dos anos - Foto: Luciara Schneid

Pelo terceiro ano consecutivo, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Embrapa Pecuária Sul de Bagé reúnem produtores, técnicos e estudantes, nos campos experimentais da Embrapa para apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas em conjunto pelos pesquisadores das duas entidades como alternativa de cultivo e produção em terras baixas (várzeas). Os mais de 200 participantes da região da Campanha acompanharam ao longo da manhã, sete estações conduzidas pelos pesquisadores dos dois órgãos, que explicaram formas de obter melhores resultados em suas lavouras.

O Irga ficou responsável por duas estações, a de número 3, em que a melhorista da Estação Experimental do Arroz de Cachoeirinha, Mara Lopes, mostrou a partir de experimentos conduzidos com diversas variedades, desde híbridos desenvolvidos em parceira entre o Irga e a Bayer, até as três cultivares recentemente lançadas pelo instituto (Irga 429, 430 3 424 RI), a importância da ferramenta genética oferecida pela autarquia aos produtores.

De acordo com o chefe do escritório do Irga em Bagé e responsável pelo 24º Nate, Juliano Brum de Quevedo, a maior expectativa dos produtores está voltada para a cultivar Irga 424 RI, que se encontra em fase de multiplicação e poderá ser usada comercialmente a partir da safra 2015/2016. "Trata-se de uma cultivar resistente ao uso de herbicidas do grupo das imidazolinonas, que controla o arroz vermelho, umas das principais plantas daninhas hoje da cultura do arroz em todo o Estado", salienta. Segundo ele, outras cultivares usadas pelos produtores da região da Campanha não atenderam as expectativas por não se adaptarem às condições climáticas da região. Há uma expectativa muito grande em torno desta cultivar, que possui potencial produtivo superior a dez mil quilos por hectare.

A outra estação preparada pelo técnico agrícola da Estação Experimental, Jackson Brazil, juntamente com a equipe do 24º Nate, que atende os municípios de Bagé, Aceguá, Candiota e Hulha Negra, foi a de número 6, que tratou do Manejo de soja em terras baixas e foi apresentada pelo agrônomo do Irga, Pablo Badinelli. Segundo ele, é importante que os produtores sigam corretamente práticas de manejo, como preparo antecipado, mão de obra adequada, drenagem e análise de solo. "É muito importante interpretar e usar a recomendação. Isto não é protocolo é investimento", garante. Após colhida a soja e preparada a área, comparem as diferenças de um ano para o outro, o rendimento deve crescer de a dez a 15 sacos ou mais, ressalta.

As demais estações ficaram a cargo dos técnicos da Embrapa, que apresentaram Produção de sementes de trevo branco em área de terras baixas (na primeira estação), Uso do camalhão de base larga (na segunda), Cultivares desenvolvidas pela Embrapa, com destaque para o arroz gigante, utilizado para a produção de etanol e como ração animal, na quarta, Integração Lavoura-pecuária e plantio diretode arroz  sobre pastagens de azevém e leguminosas (quinta) e Manejo da cultivar BRS Estribo de capim Sudão, na sétima e última estação.

Ao final o presidente do Irga, Guinter Frantz e o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varela, recepcionaram os participantes e destacaram a importância da continuidade desta parceria entre as duas instituições na busca de alternativas viáveis economicamente aos produtores de arroz e pela maior rentabilidade em suas lavouras. A equipe de eventos e gastronomia do Irga ficou responsável pelo preparo do almoço, que teve como prato risoto de galinha.

Texto: Luciara Schneid
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação

 

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