Embora tenha registrado queda nas exportações em janeiro - seguindo a tendência brasileira -, o Rio Grande do Sul continua mantendo a quarta posição entre os principais estados exportadores do país. De acordo com os resultados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), as exportações gaúchas foram de US$ 966,6 milhões, o que representa redução de mais de 10% em comparação a janeiro de 2014. No Brasil, a queda foi superior a 14%. 

O Rio Grande do Sul participa com 7% do total enviado pelo país para o exterior. Em janeiro deste ano, houve destaque na agropecuária, principalmente pelo crescimento na comercialização de trigo. Foram exportadas 459,2 mil toneladas do grão, que equivalem a US$ 92 milhões. Foram US$ 87,6 milhões a mais em relação a janeiro do ano passado.

Segundo o economista da FEE Guilherme Risco, isso mostra recuperação do setor. "No trigo há um aproveitamento do cenário internacional desfavorável, e o Rio Grande do Sul exportou trigo especialmente para Tailândia, Bangladesh, Vietnã, Coreia do Sul e Filipinas", explica.

"É importante salientar que o Estado possui, ao longo da história, uma tradição exportadora", diz o economista da Adalberto Maia Neto, também da FEE. Entre os principais destinos da produção gaúcha, estão Argentina e Estados Unidos. Os dois países compraram menos do Rio Grande do Sul em janeiro, mas Maia Neto observa que normalmente este é um mês fraco de vendas externas se comparado ao resto do ano, em função do conjunto do que é comercializado. "O principal produto exportado é a soja, que se concentra no segundo e terceiro trimestres", diz o economista.

Na indústria houve queda de mais de 18% das exportações dos principais setores, no comparativo com janeiro de 2014, sobretudo de produtos alimentícios, químicos, máquinas e equipamentos, e derivados do petróleo. "Mas o Rio Grande do Sul acompanha a tendência nacional, já que a indústria vem exportando menos no Brasil. O destaque positivo é para o aumento de US$ 12,2 milhões nas exportações de fumo", aponta Guilherme Risco. Confira os números e tabelas em http://goo.gl/Epi5jF.

Texto: Gisele Reginato/FEE
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação