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Leilão de energia viabiliza investimentos de R$ 5 bilhões em usinas de carvão e gás

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A energia vendida por dois projetos gaúchos no leilão de energia A-5, realizado nesta sexta-feira (28) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), viabilizará quase R$ 5 bilhões em investimentos no Estado. A Tractebel, sediada em Florianópolis, comercializou 340 MW, a serem gerados pela Usina Pampa Sul, em Candiota. O empreendimento utilizará carvão mineral como combustível, com investimento da ordem de R$ 1,8 bilhão.

Já o Grupo Bolognesi garantiu a metade da energia projetada para a Usina Termelétrica Rio Grande, um projeto de R$ 2,9 bilhões, que vai gerar 1.238 MW a partir de gás natural, no município de Rio Grande. A energia comercializada no leilão deve ser entregue a partir de 1º de janeiro de 2019.

"A viabilização do carvão na geração de energia foi meta deste Governo desde o início, tarefa que passou pela busca de investidores capazes de implantar projetos com tecnologia moderna e ambientalmente sustentável”, comemora o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik. Ele ressalta que o esforço de retomada do carvão como fonte de energia também exigiu negociações intensas com o Governo Federal para a definição de preços adequados ao patamar de investimentos. Incluiu ainda a busca de alternativas que ampliassem o espectro produtivo do mineral, o que permitirá estabelecer uma nova indústria no Estado, a carboquímica, foco de duas parcerias internacionais em andamento.

A Usina Pampa Sul foi objeto de um protocolo de intenções assinado no dia 13 de novembro pela Tractebel e Governo do Estado, através da SDPI e da Secretaria da Fazenda. O documento garantiu o apoio do Estado à empresa, ampliando a competitividade do projeto. A usina já tem licença prévia de instalação emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outorga de área pela Fepam.

O coordenador de Energia e Comunicações, Eberson Silveira, destaca a ampliação da base de energia térmica no sistema nacional, o que aumenta a garantia de fornecimento à população. “As termelétricas fornecem segurança e estabilidade ao sistema elétrico nacional, pois independem de condições climáticas para gerar energia. Das opções de insumos existentes, o carvão é o de menor custo e maior abundância, completa o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres.

A usina da Tractebel será construída com o que há de mais moderno em termos de tecnologia de combustão do carvão. A principal diferença em relação a outras usinas termelétricas a carvão em operação no Brasil é a utilização de caldeira do tipo Leito Fluidizado Circulante (em inglês, Circulating Fluidized Bed – CFB), que apresenta uma maior flexibilidade a variações na qualidade do combustível e é a mais adequada ao carvão da região. A tecnologia de Leito Fluidizado Circulante está enquadrada como tecnologia de combustão limpa do carvão (Clean Coal Technology). A tecnologia CFB já é utilizada em usinas termelétricas da Itália, China, Estados Unidos e México, entre outros países, e garante níveis muito menores de emissão de NOx e SOx.

Os projetos

Usina Termoelétrica Pampa Sul

Investimento: R$ 1,8 bilhão

Potência: 340MW

Combustível: carvão mineral

Preço da energia contratada: R$201,98

Usina Termelétrica Rio Grande

Investimento: R$ 2,945 bilhões

Potência: 1.238 MW

Combustível: gás natural

Preço da energia contratada: R$ 206,5

Texto: Denise Nunes e Assessoria Tractebel
Edição: Redação Secom

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