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Campanhas de vacinação da pólio e sarampo são prorrogadas até 12 de dezembro

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Mais de 830 mil doses já foram aplicadas no Rio Grande do Sul até o momento
Mais de 830 mil doses já foram aplicadas no Rio Grande do Sul até o momento - Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

As campanhas de vacinação infantil contra a poliomelite e o sarampo foram prorrogadas por mais duas semanas, seguindo até o dia 12 de dezembro. Os públicos alvos são crianças menores de 5 anos, com a campanha da pólio voltada para as maiores de 6 meses e a do sarampo para as maiores de 1 ano de idade. Inicialmente elas aconteceriam até esta sexta-feira (28), mas foram estendidas com o objetivo de alcançar 95% de cobertura da população. Até o momento, no Rio Grande do Sul, 74,5% e 72,9% das crianças já foram vacinadas para a pólio e sarampo respectivamente. Isso representa cerca de 830 mil doses já aplicadas no Estado até o momento.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) faz aos pais e responsáveis a recomendação para que levem junto a caderneta de vacinação, para que a avaliação das doses de rotina seja realizada. A secretaria também pede que os casos nos quais as crianças tenham alergia ao leita de vaca esse fato seja informado aos profissionais de saúde.

Faixa etária - Pólio e Sarampo (Doses aplicadas/cobertura)

6 meses a menores de 1 ano - Pólio (62.103 / 89,2%) - Sarampo (não se aplica)

1 ano - Pólio (95.531 / 68,8%) - Sarampo (99.725 / 71,8%)

2 anos - Pólio (96.023 / 75,1%) - Sarampo (95.076 / 74,4%)

3 anos - Pólio (96.453 / 75,0%) - Sarampo (94.855 / 73,7%)

4 anos - Pólio (94.308 / 72,0%) - Sarampo (94.034 / 71,7%)

TOTAL - Pólio (444.418 / 74,5%) - Sarampo (383.690 / 72,9%)

Obs.: dados do Programa Nacional de Imunização até às 09 horas de 28/11/2014

O calendário de rotina para a vacinação contra a pólio prevê as três doses no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses), com o complemento de dois reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. Já a proteção contra o sarampo dá-se através da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), aos 12 meses, seguida da tetra viral aos 15 meses, que além das outras três doenças doenças também previne a varicela (também conhecida como catapora).

Orientação à vacinação de crianças com alergia ao leite de vaca

Nesta semana, o Ministério da Saúde orientou que evite-se a vacinação contra o sarampo de crianças com histórico de alergia a leite de vaca com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. Após o informe, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomendou os municípios para, nesses casos, utilizem a vacina produzida pelo laboratório Sanofi Pasteur, também distribuída junto aos municípios. A recomendação da SES é que essas doses fiquem em locais estratégicos, para onde podem ser encaminhadas as crianças que chegarem a um posto de vacinação e informem a alergia à lactose.

A recomendação do Ministério da Saúde é preventiva, pois foram notificados alguns casos de reações adversas em crianças que têm alergia a leite de vaca após o uso da vacina do produtor Serum. Vale ressaltar que todas as crianças passam bem. Ao analisar a composição da vacina desse produtor, verificou-se a presença de lactoalbumina hidrolisada, produto que pode fazer parte de algumas vacinas. Segundo a bula da vacina isso não seria uma contraindicação, mas mesmo assim os casos serão investigados.

Pólio

A poliomelite (também chamada de paralisia infantil) não tem casos registrados no Brasil desde 1990. Contudo, como seguem ocorrências em alguns países na Ásia e África, ainda faz-se necessária manter elevada cobertura vacinal de forma homogênea em todos os municípios para evitar a reintrodução do vírus selvagem no país.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos primeiros oito meses deste ano foram registrados 149 casos da doença, a maioria concentrada no Paquistão (117 casos), Afeganistão (08 casos) e Nigéria (06 casos), além de outros 18 casos espalhados por Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria, Etiópia, Quênia.

A pólio é uma doença infecto-contagiosa de origem viral, caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral (através de gotículas ao falar, tossir ou espirrar). Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, fazendo tratamento de suporte.

Sarampo

No Brasil, os últimos casos de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Entretanto, em 2013 e 2014, foram registrados 596 casos da doença no país, com maior concentração nos estados de Pernambuco (224) e Ceará (365). No Rio Grande do Sul, os últimos casos foram em 2010 e 2011, com 8 e 7 casos respectivamente.

As campanhas de seguimento representam oportunidades adicionais para captar indivíduos não vacinados ou aqueles que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, visando garantir a manutenção do estado de eliminação do sarampo e rubéola no país.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas. Caracteriza-se por febre alta (acima de 38,5°C), exantema maculopapular generalizado (erupções ), tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema).

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.

Texto: Assessoria SES
Edição: Redação Secom 

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