Governo define ações para diminuir impacto da rescisão de contrato da Petrobras no Polo Naval
Publicação:
O Governo do Estado realizou na manhã desta quarta-feira (19) uma reunião para definir ações por conta da decisão da empresa Iesa Óleo e Gás de demitir funcionários do Polo Naval de Charqueadas, na Região Carbonífera. Os desligamentos se devem à confirmação da Petrobras de que o contrato com a empresa foi rescindido.
Participaram da reunião o secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Jorge Branco, o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijinik, o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Ivan De Pellegrin, o secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Edson Borba, e o presidente do Badesul, Marcelo Lopes.
"Nossa preocupação é no sentido de preservar os investimentos e os empregos na região. Ontem já houve uma reunião com o vice-presidente da República (Michel Temer), que nos deixou a certeza que o Governo Federal também vai se envolver no caso. Quanto aos trabalhadores, tentaremos recolocá-los na própria região, pois atualmente vivemos uma condição de pouco desemprego e muitas oportunidades no Estado", disse Jorge Branco.
Após o encontro duas estratégias emergenciais foram acordadas para que os cerca de mil postos de trabalho sejam mantidos. A primeira será no sentido da manutenção dos trabalhadores na mesma região, com o trabalho da Secretaria do Trabalho e do Serviço Nacional de Empregos (Sine) buscando a recolocação e conversando com empresas da região; a AGDI e o Badesul entrarão em contato com a Petrobras para manter os investimentos no Polo Naval e com isso não perder aquilo que já funcionava, desde 2012, em Charqueadas.
Charqueadas
Durante a tarde, o secretário Jorge Branco recebeu o prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar, que falou de suas preocupações e de como a quebra do contrato entre Petrobras e Iesa está impactando na comunidade. "Criou-se um clima de apreensão, pois este Pólo Naval criou novas perspectivas para nosso município e para a região. Não podemos nem pensar em retroceder, e o que o Governo do Estado está propondo nos dá uma maior tranquilidade", comentou Davi Gilmar.
Após explicar as estratégias do governo estadual, Branco falou da disposição de marcar uma reunião com a Associação dos Municípios da Região Carbonífera e com prefeitos para buscar uma solução conjunta para a economia e as comunidades. O encontro deverá ocorrer na próxima sexta-feira, mas ainda depende de confirmação de agenda.
Texto: Euclides Bitelo
Edição: Redação Secom