A Secretaria da Segurança Pública (SSP) implantou, nesta segunda-feira (22), a Patrulha Maria da Penha em Viamão, na Região Metropolitana. No evento, que ocorreu na Praça Julio de Castilhos, foi lembrada a criação da 1ª Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher, inaugurada há um ano no município. O Rio Grande do Sul conta, no total, com 24 Pratrulhas Maria da Penha, distribuídas em 18 municípios.

Atualmente, Viamão tem mil processos de violência contra mulher aguardando por audiência na Justiça. "A Patrulha é uma ferramenta necessária para o município. Desde 2011, estamos na luta para que ações complementares efetivem as políticas para as mulheres. Agora, o Estado pode dar uma maior proteção para a mulher em situação de violência doméstica após o registro da ocorrência", afirmou o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, sobre a importância do serviço.

Criada pela SSP, em parceria com a Secretaria de Política para as Mulheres, a Patrulha Maria da Penha tem como objetivo fiscalizar o cumprimento de medidas protetivas e prevenir a violência doméstica contra as mulheres. Diariamente, a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (Deam) repassa para a Patrulha informações sobre as ocorrências registradas. "Este é um projeto inovador e eficaz para o cumprimento das medidas protetivas. Estamos muito felizes em contar com estrutura para mudar esta realidade", disse o Tenente Coronel Marcelo Giusti, do 18º BPM - Batalhão Setembrina dos Farrapos. 

O vice-prefeito de Viamão, André Pacheco, classificou o ato como "momento inédito" na segurança do município. “Estamos tendo um avanço significativo. Nosso Estado e nossa cidade estão de parabéns por disponibilizar serviços de segurança especializados".

Patrulha Maria da Penha
A Patrulha é feita em viaturas identificadas e com policiais qualificados para o atendimento à mulher em situação de violência doméstica. Em cada viatura trabalham dois ou três PMs na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência expedidas pelo Judiciário. A abordagem na casa da vítima é feita de surpresa, quando os policiais conversam com a mulher e perguntam se o agressor está respeitando a medida. 

Texto: Rafaela Valente
Edição: Redação Secom