Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Mercado e entraves à produção de leite são debatidos em Não-Me-Toque

Publicação:

Seminário abordou ainda temas como sucessão rural, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do leite
Seminário abordou ainda temas como sucessão rural, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do leite - Foto: Divulgação

Mesmo tendo registrado o impressionante crescimento de 86,5 % na produção de leite no período de 2003 a 2013, o Rio Grande do Sul ainda tem no seu horizonte desafios, entre eles gestão na pequena propriedade, renovação da mão de obra, aumento da produtividade e melhoria da qualidade do leite. Essas considerações foram feitas nesta quarta-feira (27), em Não-Me-Toque, durante Seminário do Leite, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e prefeitura municipal. “A sucessão rural é um tema que precisa ser pensado porque interfere fortemente no sistema de produção de leite”, disse o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Geraldo Kasper. 

Kasper também defendeu a redução de venenos e a distribuição da renda. “Precisamos distribuir a renda para a força de trabalho, e a nossa força de trabalho, às vezes, é o nosso filho”. 

A prefeita Teodora Lütkemyer, o presidente da Câmara de Vereadores, Gilson dos Santos, a vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Nienow, e o representante da Fetag, Airton Hochscheid, também participaram do seminário, realizado no Parque da Expodireto. “É uma atividade que precisa permanentemente ser prestigiada e reconhecida porque produz um alimento nobre”, disse o vice-presidente da Cotrijal. 

Cenário para o leite 
A falta de jovens no campo para dar continuidade à produção de leite também foi um dos pontos levantados pelo presidente da Cooperativa dos Profissionais Liberais do Brasil (Cooplib), Ernesto Krug. As razões que afastam o jovem do campo, segundo Krug, estão associadas ao não reconhecimento por parte da família, falta de terras, universidades, renda e diálogo. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, se ateve ao crescimento da produção gaúcha de leite – o Estado produz aproximadamente 4 bilhões de litros de leite ao ano e aparece em segundo lugar no ranking nacional, atrás de Minas Gerais. O leite UHT, em pó, soro e novos derivados, como o queijo, por exemplo, são os principais produtos industrializados, segundo Palharini. 

Representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Farsul), Jorge Rodrigues, destacou fatores externos ao sistema produtivo do leite, mas que interferem no resultado. A atuação do poder público, tanto na defesa e vigilância sanitária, como na criação de políticas públicas, é estratégica, segundo Rodrigues. 

Além do seminário, também foi realizada, em Não-Me-Toque, uma Tarde de Campo, com duas estações: planejamento de piquetes considerando a oferta de pasto e a qualidade dos animais e alternativas para produção de forragens (alfafa e capim elefante BRS Kurumi), desenvolvidas pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, Celso Siebert e Vinícius Toso. 

Texto: Assessoria Emater/RS-Ascar 
Edição: Redação Secom 

Portal do Estado do Rio Grande do Sul