O Governo do Estado apresentou, nesta sexta-feira (22), a Rede de Atendimento para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar no município de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No evento, que ocorreu no Auditório Vanessa Ceconet, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, também falou sobre a Patrulha Maria da Penha, que será instalada no município até o final de setembro. 

Atualmente Sapucaia do Sul é o 15° município do Estado no ranking da violência contra a mulher. “A Patrulha virá para evitar mortes anunciadas, pois sabemos quem é o agressor e quem é a pessoa ameaçada. Com a Patrulha Maria da Penha, o Estado pode dar uma maior proteção para a mulher em situação de violência doméstica após o registro da ocorrência”, afirmou Michels sobre a importância do serviço.

A coordenadora de políticas públicas para mulheres de Sapucaia do Sul, Maria Chitolina, falou sobre os detalhes da composição da Rede de Atendimento para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar no município. “A rede em Sapucaia reúne todas as secretarias que trabalham com a questão social e dialogamos diretamente com o Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil e Brigada Militar. Temos uma média de 80 medidas protetivas expedidas por mês, cerca de 4 por dia, o que é muito importante para a defesa da mulher e sua segurança”, disse Maria Chitolina.

Para o prefeito, Vilmar Ballin, a Patrulha e o fortalecimento da rede de atendimento certamente irão ajudar a diminuir a violência contra a mulher no município. “O índice ainda é grave. Mas, através desses mecanismos, podemos proteger e dar guarida para essas mulheres que estão expostas. Tenho certeza que a Patrulha Maria da Penha vai ampliar a nossa rede de proteção e com isso toda a população sairá ganhando, especialmente as mulheres que anteriormente não tinham esse atendimento aqui na nossa cidade”.

Já a delegada Marina Goltz, que está assumindo a 1ª DP, onde fica localizado o Posto Policial de Atendimento à Mulher, disse que pretende qualificar o atendimento para as mulheres vítimas de maus tratos. “O fortalecimento da rede é muito importante, pois somente um trabalho integrado vai permitir o combate efetivo da violência contra à mulher”.

Patrulha Maria da Penha
A Patrulha é feita em viaturas identificadas e com policiais qualificados para o atendimento à mulher em situação de violência doméstica. Em cada viatura trabalham dois ou três PMs na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência expedidas pelo Judiciário. A abordagem na casa da vítima é feita de surpresa. Os policiais conversam com a mulher e perguntam se o agressor está respeitando a medida. Muitas vezes, ocorre o flagrante, já que o agressor tem de manter afastamento de 200 metros da vitima, das testemunhas, e familiares. No caso de desrespeito, pode haver prisão. A identificação das viaturas como Patrulha Maria da Penha tem o objetivo de causar na vizinhança um aspecto positivo, para que os moradores possam de fato perceber a atuação policial, evitando novos crimes na redondeza.

Texto: Luciana Alcover
Edição: Redação Secom